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Mostrando postagens de maio, 2015

Aprovação do casamento homossexual na Irlanda

Foi aprovado o casamento gay na Irlanda, por vida da consulta popular. A matéria pode ser lida  aqui . Tendo em vista a aprovação, em muitas igrejas protestantes históricas dos EUA, do casamento gay, alguns colegas costumavam pensar que tais flexibilizações somente foram possíveis no nível religioso por conta do protestantismo. De fato, isso pode ser verdade. Entretanto, a Irlanda é um país majoritariamente católico. Isso não foi suficiente para barrar a conquista deste direito pelo público LGBT, o que mostra que a religião pode não estar influenciando tanto assim, ou ainda, o quanto os próprios católicos estão mudando de mentalidade em relação a este assunto (ou que estão mesmo deixando a Igreja). Basta ler a opinião do bispo na matéria indicada. De qualquer modo, segundo a própria reportagem, a igreja não está obrigada a celebrar tais casamentos.

O que aprendemos do pecado de Davi?

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“Então disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor...” (I Samuel 12.13). D avi era um grande rei. Desde menino foi chamado por Deus para tal ministério. Lutou bravamente contra Golias quando era jovem. Venceu batalhas. Foi odiado por Saul mas nunca levantou sua mão contra o “ungido do Senhor”. Não tomou o trono pela força, mas esperou pacientemente o cumprimento da promessa feita por Deus. Ocorre que em determinada ocasião, já rei, quando deveria estar na batalha, preferiu descansar e se distrair. Viu de sua janela uma bela mulher, questionou aos seus serviçais quem era, e mesmo advertido que era casada com um de seus homens mais fiéis, deu suas ordens e se deitou com ela. Noticiado de que tal mulher engravidara, mandou chamar o marido dos campos de batalha e tentou provocar um encontro entre o casal. Urias recusou deitar com sua mulher em solidariedade aos seus companheiros de batalha. Frustrado o plano do rei, este determina que Urias fosse abandonado na linha de frente do campo de bat

Da piedade como fonte de lucro

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foto: http://mangacharges.zip.net/ ... supondo que a piedade é fonte de lucro (1 Timóteo 6.5).   A espiritualidade de um verdadeiro pastor não admite que ele explore economicamente as suas ovelhas. Isso é próprio do lobo, ou do mercenário. Os que querem se enriquecer caem em loucas tentações, notadamente os líderes religiosos. Transformam a piedade em impiedade e dão ocasião para que se blasfemem da igreja. Não se deve fazer comércio das pessoas. Utilizar símbolos sagrados para se enriquecer. Tendo o que comer e o que vestir, um cristão se sentirá contente, quanto mais um líder. Alguns chegam ao cúmulo de acharem que se um pastor não for economicamente próspero não tem autoridade para ensinar. Tais pessoas conheceram Jesus, por acaso? Ou Paulo, ou Timóteo? A grande fonte de lucro, por assim dizer, de quem tem uma vida piedosa, é ver as almas apegadas à Jesus, à caridade, ao bem. E que a necessidade de muitos possam ser supridas. Melhor lucro que esse, não há. Que os pastores, os lídere

As marcas dos cravos continuam

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Mesmo após a morte e ressurreição de Cristo, mesmo após ele ter estado junto ao Pai, as marcas dos cravos continuaram em seu corpo. Daí, os discípulos terem tido a possibilidade de tocá-las. Assim também é em nossa nova vida com Cristo Jesus. Muitos acham que "a marca dos cravos" deixam de existir. Será? Morremos e ressuscitamos com Cristo, segundo as Escrituras (Romanos 6). Recebemos um novo Espírito que clama Abba Pai em nós (Romanos 8). Mas as marcas dos cravos ainda estão lá... Elas não se vão... É possível "vê-las", "tocá-las", "senti-las"... São as marcas dos sofrimentos, das dores pelas quais passamos nesta vida. De toda angústia e dor, merecidas ou não. Ressuscitar para uma nova vida não significa esquecimento das dores, nem o apagar das marcas, mas sim, uma nova forma de enxergá-las e lidar com elas. Mesmo em meio a toda a angústia, sofrer depois de ressurreto, com uma nova vida em Cristo, não terá o mesmo sabor de morte e desespero que

A maneira divina de realizar os seus próprios atos

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"O amor está tanto mais presente, à medida que a alma, despojando-se de si mesma e de toda a afeição criada, só se deixa conduzir pelos impulsos desse Espírito que conclui em Deus o ciclo da vida trinitária" "Não são os atos extraordinários que fazem os santos, mas a maneira divina de realizá-los" "Um dos frutos desta espiritualidade essencialmente contemplativa é arrancar a alma a si própria e a suas preocupações mesquinhas para estabelecê-la de maneira habitual numa atmosfera de eternidade. Toda alma cristã devia considerar-se uma exilada na terra". "Enquanto nossa vontade tem caprichos estranhos à união com Deus, fantasias de sim e de não, nós permanecemos no estado de infância e não caminhamos a passo de gigante no amor; porque o fogo ainda não queimou toda a liga; o ouro não está puro; estamos em busca de nós mesmos; Deus não destruiu toda a nossa hostilidade a Ele". (trechos da obra "Doutrina Espiritual de Elisabete da Trindade",

Santíssima Trindade - o modelo da Comunidade Cristã

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A Comunidade Trinitária é uma pluralidade de pessoas que se amam. A Comunidade Cristã é composta por uma pluralidade de pessoas que também se amam (ou deveriam se amar) Na Comunidade Trinitária, cada uma das Pessoas glorifica a outra. O Filho glorifica o Pai, o Espírito glorifica o Filho, o Pai, glorifica o Filho, e assim sucessivamente. Na Comunidade Cristã, ninguém busca a própria glória, mas cada qual presta serviço, "glorifica" aos demais. Somos servos uns dos outros. Na Comunidade Trinitária, cada membro realiza sua obra com perfeição, cada qual para um determinado fim. O Pai é criador, o Filho redentor, e o Espírito, santificador.  Na Comunidade Cristã, cada qual também realiza com perfeição a obra pela qual foi designado para um determinado fim. Cada um atende à vocação pelo qual foi chamado para edificação de todo o corpo em amor. Ser portanto, recriado à imagem e semelhança de Deus corresponde a fazer parte de uma comunidade que tem a Trindade como modelo. É uma imag

Algumas doutrinas da Reforma mal interpretadas

As melhores doutrinas sempre correm o risco de serem mal interpretadas. Por exemplo, todas as vezes que o Apóstolo Paulo discorria sobre a graça de Deus, tinha que imediatamente combater o antinomianismo (doutrina segundo a qual ninguém precisaria observar lei nenhuma). Assim foi durante a história e assim continua sendo nos dias de hoje. Outros "pegam" a doutrina da "justificação pela fé somente" e acabam achando que não precisam mais da ajuda de nenhuma liderança espiritual nem de nenhuma igreja. Ora, se a fé somente basta, para que fazer parte de um grupo de cristãos? Outros igualmente o fazem na doutrina do "sacerdócio universal", doutrina esta que ensina que não existem mais intermediários entre Deus e os homens, somente Cristo. Ora, se não há intermediários, também não precisamos de igreja, de um corpo de crentes na nossa vida, dizem eles. As vezes surge até um discurso mais sofisticado. O último que ouvi foi alguns dizerem: "Jesus não mandou vo

A retirada da estátua de João Paulo II na França

Fiquei triste ao saber da ordenação para que fosse retirada a estátua de João Paulo II de um município Francês. Você pode ler a matéria nos seguintes links, entre outros: Governo francês obriga remoção de estátua de João Paulo II Tribunal ordena remoção de estátua de João Paulo II na França O que motivou a retirada da estátua é uma cruz que esta acima da estátua. O fundamento para tal retirada foi a concepção de que o estado é laico, logo, que o estado não deve promover nenhuma religião. Eu entendo os benefícios da concepção laica do estado, entretanto, quem promove este tipo de ação quer submeter, pela força institucional, o laicismo sobre toda sociedade. Acredito que é possível conviver com uma concepção laica, e ainda assim aceitar o legado cultural de uma determinada localidade. O cristianismo católico faz parte da formação cultural francesa, bem como de tantas outras nações. Uma coisa é meia dúzia de laicistas radicais. Outra coisa, é forçar uma concepção filosoficamente laica sob

O cristão pode juntar dinheiro?

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foto: http://www.comoguardar.com/ "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra..." (Mateus 6.19). Não são poucas as pessoas que com base neste versículo ficam a se perguntar se não pecam ao juntar dinheiro em uma caderneta de poupança ou em outra aplicação qualquer. Pode um cristão acumular bens? Ter casa própria? Investimentos? Realmente, não é algo tão simples de responder em minha opinião. Vamos tentar conjecturar. Em primeiro lugar, todos concordam que não podemos colocar o nosso coração nestas coisas . Juntar dinheiro e aplicar bens materiais não pode ocupar o lugar central em nossas vidas. Entretanto, é preciso tomar cuidado para que nossa obediência não seja apenas "platônica". Há quem diga que não tem o coração no dinheiro, mas que objetivamente só parece viver para isso. Um tipo de falsa mordomia. Mas ainda assim não é incorreto dizer que não podemos ter o coração nestas coisas. John Wesley ensinou que podemos sim, ganhar dinheiro. Entretanto, não

Guiados pelo Espirito de Deus

"Pois todos os que são guiados pelo Espirito de Deus são filhos de Deus" (Romanos 8.14). Já vi muitas pessoas confusas por causa deste texto. Dizem que, se somos filhos de Deus, temos que ser guiados pelo Espirito, ou seja, receber direções diretas de Deus acerca de todas as principais questões da vida. Então tais pessoas, diante de uma decisão difícil, ficam orando desesperadamente para que o Espirito dê alguma direção específica. Nada contra buscar orientação de Deus, mas sejamos honestos. Na maior parte das vidas, ou talvez sempre nós DIFICILMENTE ouvimos uma voz de Deus (para ser redundante, AUDÍVEL) para nos dar alguma direção. E muitos vão ficando em crise, fazem pedidos, pedem sinais, e em algum momento precisam decidir algo pois o tempo vai passando, e acabam, muitas vezes, interpretando sinais, e dizendo que foram direcionadas por Deus para tomar determinada decisão. Outros, mais honestos, desanimam, pois sabem que a voz de Deus não pode ser confundida com pseudo sin

Faça parte de um grupo de oração

Faça parte de um grupo de oração! Reuniões de oração, infelizmente, estão se tornando raras nas igrejas. Sempre foi o evento que menos atraiu pessoas, e parece ser assim até os dias de hoje. Infelizmente, muitos não dão a atenção devida à reunião de oração. Assumem vidas individualistas, oram pouco, quase nunca jejuam. Talvez isso explique a baixa qualidade da espiritualidade cristã nos dias atuais. Em uma reunião de oração encontramos apoio para nossas dificuldades, e também apoiamos a vida de outras pessoas. Jesus disse que, quando concordássemos na terra, seria concordado no céu, e isso se faz por meio da oração. Oração é o fôlego, o oxigênio de toda a nossa espiritualidade. Certamente que não devemos deixar de atender ao chamado de termos uma vida privada, particular de oração. Entretanto, também somos chamados às reuniões públicas, afinal, o Pai é "nosso", e o pão é "nosso" também! Em uma reunião de oração pedimos pela salvação de entes queridos, pelos enfermos

O Estado deve obrigar bibliotecas públicas a terem exemplares das Sagradas Escrituras?

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Foi suspensa uma lei que obrigava determinado município de disponibilizar as Escrituras Sagradas em suas bibliotecas. A notícia pode ser lida em  Estadão . Você também pode ler o  Inteiro teor  do acordão que suspendeu a referida lei. Muitas leis assim já foram editadas e suspensas pelo território brasileiro. Geralmente são vereadores evangélicos que editam este tipo de lei, que  foi considerada formal e materialmente inconstitucional, pois não foi editada na forma prescrita, além do fato de vivermos em uma nação laica. Será que os cristãos devem buscar editar leis que obrigam espaços públicos a obrigatoriamente disponibilizar exemplares das Escrituras Sagradas para todos? Embora eu seja cristão, e tenha as Escrituras como o melhor livro do mundo, creio que o Estado está impedido, conforme a atual sistemática constitucional, de editar leis neste sentido. Isto porque, na atual conjuntura estatal que vivemos, religião e estado são entes separados. O Estado não deve favorecer nenhuma reli

Motivações corretas para nos reunirmos enquanto igreja

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Já vimos por aqui algumas motivações que muitos usam para se reunir enquanto igreja, como as campanhas de oração , os métodos radicais , eventos musicais e lideranças carismáticas . Entretanto, quais seriam as verdadeiras e reais motivações bíblicas que devem nos motivar a nos reunirmos enquanto comunidade cristã? Primeiramente, nos reunimos por amor a Deus , advindo de uma profunda consciência de que o Senhor Jesus é o "inventor" da comunidade, o criador da igreja. Foi ele quem inventou este negócio de estarmos juntos. Não é ideia humana. A igreja é dele.  Nos reunimos também para nos amarmos uns aos outros como ele nos amou . A convivência em uma comunidade cristã deve "trazer" o céu para o presente. É no amor uns aos outros que nós somos reconhecidos como discípulos. A comunidade reunida deve expressar a unidade que temos com Deus e uns com os outros . Não somos um bando de "pneumáticos" (espirituais) espalhados e isolados por aí, e sim a comunidade do