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Mostrando postagens de outubro, 2012

495 anos de Reforma Protestante

H á algum tempo, todos os anos faço uma breve reflexão acerca da Reforma Protestante em seu aniversário; e procuro esforçar-me para não ser nem ufanista, nem pessimista demais, tentando fazer uma ponderação equilibrada deste fato, se é que algo assim é possível, quando se narra de dentro da experiência histórica que se quer descrever. Boa parte do cristianismo evangélico hoje, no Brasil, pouco se parece com o cristianismo dos tempos da Reforma. Somos, na maioria, pentecostais ou neopentecostais, arminianos, e temos poucas afinidades práticas, litúrgicas, e até mesmo teológicas, seja com Lutero, Calvino ou Thomas Crammer. A ver o rumo que os menonitas tomaram durante a história, é de se concluir também que pouco temos a ver com Menno Simons. Do cristianismo da reforma, creio que pouca expressividade temos no Brasil. É bem verdade que parece estarmos passando por um tipo de despertamento reformado, com o apoio de diversas igrejas presbiterianas e batistas, realizando alguns importantes c

Amar como Cristo amou

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se amardes uns aos outros” (João 13:34). Porque Jesus fala em um novo mandamento, se, há mais de mil anos antes, já havia sido dado o mandamento de amar o próximo como a si mesmo (Levítico 19.18)? É novo porque, agora, o modelo para o amor ao meu irmão não sou eu mesmo, mas sim Jesus, o Filho de Deus. Quando digo amar o próximo como a mim mesmo, de algum modo, ainda sirvo de parâmetro. Por isso, o novo mandamento é “amar como Cristo amou”. Muito poderia ser dito sobre isso, entretanto, penso que tudo pode ser resumido numa sentença dita pelo próprio Jesus: “ninguém tem maior amor do que este, o de dar a vida pelos seus amigos” (João 15.13). Ou seja, assim como Cristo deu a sua vida pelos discípulos, assim também estes devem dar a sua vida pelos seus irmãos. Damos a nossa vida pelos irmãos quando, em nome de Jesus

Objetos sagrados

Um dia destes estava dando aula sobre o tema “santidade” quando surgiu uma discussão acerca de objetos sagrados, dividindo as opiniões da turma. Sabemos que no Antigo Testamento havia a consagração de objetos para uma utilização santa, que não poderia ser violada de modo algum, sob pena, algumas vezes, da pessoa ser fulminada, como foi no caso dos filhos de Arão. No Novo Testamento, não parece haver muitas referências a tais objetos, e, o protestantismo, por conta do “sola scriptura” e também, pela reação ao catolicismo romano, acabou por reduzir a praticamente zero a existência de algum objeto sagrado que não fosse o próprio ser humano habitado pelo Espírito Santo de Deus. Entretanto, mesmo assim há os que defendem a existência de tais objetos no contexto evangélico. Há jovens, por exemplo, muito piedosos, que consagram seus instrumentos musicais para louvor ao Senhor, fazendo o voto de não tocar com os tais nenhuma música mundana. Acho muito bonita esta consagração, e válida como um

Arminianismo e Catolicismo Romano

Seguem abaixo algumas passagens acerca do livro arbítrio nos cânones do Concílio de Trento. 814. Cân. 4. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, movido e excitado por Deus, em nada coopera para se preparar e se dispor a receber a graça da justificação - posto que ele consinta em que Deus o excite e o chame - e que ele não pode discordar, mesmo se quiser, mas se porta como uma coisa inanimada, perfeitamente inativa e meramente passiva - seja excomungado [cfr. n° 797]. 815. Cân. 5. Se alguém disser que o livre arbítrio do homem, depois do pecado de Adão, se perdeu, ou se extinguiu, ou que é coisa só de título, ou antes, titulo sem realidade, e enfim, uma ficção introduzida na Igreja por Satanás - seja excomungado [cfr. n° 793 e 797]. Tais artigos foram elaborados claramente contra a fé reformada. Alguns anos após Calvino, um de seus discípulos, Jacob Armínius negou a doutrina da predestinação dos eleitos, conforme elaborada po seu meste. Há uma substância teológica muito forte en

Quem permanece nele, não peca

“Qualquer que permanece nele não peca; qualquer que peca não o viu nem o conheceu” (1 João 3:6). Quem permanece em Cristo, não peca. Isso significa que, para pecarmos, temos que “sair”, “nos separmos de Jesus”. Como permanecer n’Ele, então, para não pecar? Onde Cristo está, para que, nele permanecendo, não venhamos a cair em tropeço? Qual é o local mais próximo em que o Filho de Deus está, para que, unidos a ele, não venhamos a nos unir ao pecado? Creio que o “lugar” em que Cristo está mais próximo de nós é em nós mesmos. Jesus habita em nós pelo Espírito Santo que nos deu. As Escrituras dizem que Jesus habita em nosso ser. Talvez por isso os antigos monges diziam para “permanecermos em nós mesmos”. Santo Agostinho disse que constantemente deveríamos buscar as orientações desse nosso “Mestre” interior. Há muitas coisas no mundo que nos querem “tirar de nós mesmos”. Fazer com que “percamos” o contato com o Cristo interior para que possamos nos unir a elas. E, não permanecendo em Jesus,

Amar como Cristo amou

“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se amardes uns aos outros” (João 13:34). P orque Jesus fala em um novo mandamento, se, há mais de mil anos antes, já havia sido dado o mandamento de amar o próximo como a si mesmo (Levítico 19.18)? É novo porque, agora, o modelo para o amor ao meu irmão não sou eu mesmo, mas sim Jesus, o Filho de Deus. Quando digo amar o próximo como a mim mesmo, de algum modo, ainda sirvo de parâmetro. Por isso, o novo mandamento é “amar como Cristo amou”. Muito poderia ser dito sobre isso, entretanto, penso que tudo pode ser resumido numa sentença dita pelo próprio Jesus: “ninguém tem maior amor do que este, o de dar a vida pelos seus amigos” (João 15.13). Ou seja, assim como Cristo deu a sua vida pelos discípulos, assim também estes devem dar a sua vida pelos seus irmãos. Damos a nossa vida pelos irmãos quando, em nome de Jesus, nos de

Pesquisa revela que 50% dos pentecostais nunca falaram em línguas

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Pesquisa realizada em 10 países pelo  Washington-based Pew Forum on Religion and Public Life  revela que uma grande porcentagem de pentecostais nunca falou em línguas. Na tabela abaixo, temos o resultado da pesquisa por cada país, cuja pergunta era com qual frequência as pessoas falavam em línguas, sendo que o primeiro resultado mostra a porcentagem daqueles que falam em línguas regularmente e a última coluna apresenta a porcentagem daqueles que nunca falaram em línguas entre pentecostais e carismáticos. No Brasil, por exemplo, 50% dos pentecostais jamais falaram em línguas e entre os carismáticos a porcentagem é impressionantemente maior: 84%! Spirit and Power: A 10-Country Survey of Pentecostals - Página 17   http://www.pewforum.org/Christian/Evangelical-Protestant-Churches/Spirit-and-Power.aspx Esta pesquisa apenas confirma o ensino do Apóstolo Paulo de que o dom de línguas não é um dom oferecido a todos os crentes. "Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o

Salmo 16

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Jesus disse que o Reino de Deus chegaria com poder ainda durante a vida dos primeiros discípulos

Jesus disse que o Reino de Deus chegaria com poder ainda durante a vida dos primeiros discípulos Jesus prometeu aos seus discípulos que alguns deles presenciariam a chegada do Reino de Deus (Mt 9.1). Lembramos que Judas morreu e não viu o Cristo ressuscitado e, portanto, não participou do Pentecostes.  Jesus iniciou o seu ministério proclamando que o Reino estava prestes a chegar (Mc 1.15) e concluiu seu ministério terreno declarando que recebera todo o poder no céu e na terra (Mt 28.18). E, depois, subiu aos céus e assentou-se no trono, acima de todo o principado e potestade (Ef 1.20-22).  Jesus disse que o príncipe deste mundo havia sido expulso (Jo 12.31) e que o valente já estava amarrado! (Mt 12.29) Disse também que se ele expulsava demônios pelo Espirito de Deus era chegado o Reino de Deus! (Mt 12.28). Jesus já reina no presente século colocando seus inimigos debaixo dos pés! (1Co 15.25) O Reino veio com poder através do derramamento do Espirito Santo sobre a Igreja

E o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas

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No princípio, Deus criou o céu e a terra. Ora, a terra estava sem forma e vazia, e as trevas cobriam o abismo, e um “ruah” de Deus pairava sobre a superfície das águas. (Gênesis 1,1-2) .   Lendo este texto, não pude deixar de lembrar um pouco de minha história, o quanto parecia estar sem forma e vazia antes de ter aquilo que considero a experiência de Cristo em minha vida. Não que não houvesse alegria, não que não existissem objetivos e amigos. Mas o fato é que depois da dita experiência tudo passou a ter muito mais alegria, muito mais sabor, e muito mais sentido. Assim também, muitos têm a consciência de que foram criados por Deus, são “terra” de Deus, mas se encontram, em certo sentido, “sem forma” e “vazios”, vivendo dia a dia de suas vidas, de forma mecânica e nada frutífera. Se sentem como galhos secos de uma árvore qualquer. As trevas parecem cobrir a face do abismo de suas almas, em uma vida sem muito sentido, sem muita beleza. Mas o fato é que, o “ruah” de Deus, o “vento” de De

Sem a sua presença, não vou a lugar nenhum

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Moisés disse a Deus: "Se a sua presença não for comigo, não nos faça sair deste lugar" (Êxodo 33.15) Moisés que era "Moisés" sabia que sua força estava em Deus. Ele não ousava dar um passo sem a graça da presença de Deus. Valorizamos a presença de Deus tanto quanto Moisés? Mensagem à imel de Mirandópolis no retiro em Valinhos, dia 30 de Setembro.

Intimidade com Deus - Palestra 1

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Primeira Palestra do Pr. Carlos Alberto Antunes no retiro da Igreja Metodista Livre de Mirandópolis que aconteceu de 28 a 30 de Setembro no Hotel Fonte Santa Tereza na cidade de Valinhos. Aqui, o Pr. Carlos Alberto expõe com propriedade o fundamento bíblico sobre o relacionamento íntimo que Deus quer ter com os seres humanos. Vale a pena meditar e se apropriar deste precioso ensino.