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Mostrando postagens de janeiro, 2012

Da assistência aos santos

“Porque o serviço dessa assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus” (2 Co 9.11) E sta passagem diz respeito à coleta que o apóstolo Paulo incentivou a que fizessem os cristãos da igreja de Corinto em relação à igreja de Jerusalém, que passava por muitas necessidades. Percebe-se do referido capítulo que desde cedo era incentivada a que cada igreja não pensasse somente em si, entretanto, que estivesse atenta às necessidades da igreja do mundo todo. Tal fraternidade universal serviria de testemunho a todos os povos, daí, ser um erro quando a igreja se fecha em torno de si mesma. A concorrência de qualquer gênero entre as igrejas também é um pecado que deve ser evitado. Paulo diz que a assistência às necessidades dos santos redunda, na verdade, em muitas graças a Deus, e isso pode ser feito, tanto institucionalmente, quanto individualmente. Daí, os cristãos mais abastados devem estar atentos às necessidades dos vivem ao seu re

Aceitar que somos aceitos

“o bem que quero, este não faço, mas o mal...” (Paulo, apóstolo) Q uando se está há algum tempo naquilo que costumamos chamar de “obra de Deus”, é impossível não sentirmos o peso de uma constante inadequação entre aquilo que deveríamos ser e fazer diante da obra que entendemos ter sido chamados. Entretanto, é assim que é, e assim que deve ser. A constatação óbvia acerca daqueles que em algum momento se sentem plenamente preparados é a de que preparados de modo algum estão, senão auto-enganados. Daí, ser sempre preocupante o discurso de que tenta fazer dos ouvintes “super cristãos”, como que, pessoas que melhor aceitos serão quanto mais fizerem e produzirem na linha de produção religiosa. Tal discurso solapa a graça de Deus, e instiga nos seus ouvintes e praticantes o peso das doenças psicológicas, fazendo adoecer também todo o corpo, a ponto de, embora julgarem-se melhores que outros, não haver, na verdade, em todo seu ser, nenhuma parte sã. Entretanto, a dor de se sen

72 Virgens

"O que os terroristas fazem é isso: em vez de chamar o suicida pelo que é, chamam-no de mártir e dizem que ele morreu em defesa da religião, o que não é fato. Pronto, o Paraíso está garantido, a face de Deus será vista e haverá setenta  e duas virgens a servir o mártir..." (KAMEL, Ali. Sobre o Islã, Ed. Nova Fronteira, p. 222). Pois é... Se morrer em nome da religião não bastar, tem a promessa de ir para o Paraíso... Se isso não bastar, promete-se ver a face de Deus... e se isso ainda não for o suficente, setenta e duas virgens servisão o "mártir". Parte-se, do mais sublime, por assim dizer, ao mais carnal... Nesta perspectiva, a monogamia masculina (ou o machismo) prevalece mesmo para depois desta vida... (pobres mulheres...). E se fosse uma mulher a praticar tal ato de suicí...digo, martírio... Haverá setente e dois mancebos virgens para serví-las também?... Somente o desespero de uma vida, associada a um completo doutrinamento, e sabe lá mais o que, podem levar a

Fábio Macari

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P oucos hoje sabem, mas há uns vinte anos atrás, fiz parte de um grupo de hip hop, o Fatos Reais. Tocamos um tempo nas rádios segmentadas, fizemos muitas apresentações; ou seja, algum barulho, naquela época, com um som chamado “Terror no Carandiru”. O nosso produtor foi o Fábio Macari, o mesmo que produziu outros grupos, como o RPW, o Filosofia de Rua e o Facção Central. Pois é. Eu não via o meu amigo há mais de dez anos. Ele, infelizmente, contraiu uma doença um tanto quanto grave, e está em tratamento. Meu amigo Luciano (Pregador Luo) chamou-me para visitar o Fábio, em uma cidade do interior, e eu fui. Quando cheguei lá, foi grande a satisfação em conhecer o Renan, vocalista do grupo de rap “Inquérito”. O cara está fazendo mestrado em Geografia, na Unicamp, e professor nesta área. Sua dissertação tem a ver com uma pesquisa de diversos grupos de rap pelas diversas regiões do Brasil. Comentou comigo de um movimento inclusive entre os índios tupi-guaranis que lutam contra a ocupação do

Fábio Macari

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P oucos hoje sabem, mas há uns vinte anos atrás, fiz parte de um grupo de hip hop, o Fatos Reais. Tocamos um tempo nas rádios segmentadas, fizemos muitas apresentações; ou seja, algum barulho, naquela época, com um som chamado “Terror no Carandiru”. O nosso produtor foi o Fábio Macari, o mesmo que produziu outros grupos, como o RPW, o Filosofia de Rua e o Facção Central. Pois é. Eu não via o meu amigo há mais de dez anos. Ele, infelizmente, contraiu uma doença um tanto quanto grave, e está em tratamento. Meu amigo Luciano (Pregador Luo) chamou-me para visitar o Fábio, em uma cidade do interior, e eu fui. Quando cheguei lá, foi grande a satisfação em conhecer o Renan, vocalista do grupo de rap “Inquérito”. O cara está fazendo mestrado em Geografia, na Unicamp, e professor nesta área. Sua dissertação tem a ver com uma pesquisa de diversos grupos de rap pelas diversas regiões do Brasil. Comentou comigo de um movimento inclusive entre os índios tupi-guaranis que lutam contra

Estado Civil: Divorciada

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F ui com a minha namorada a um passeio em um clube aqui em São Paulo, e conhecemos uma senhora, de uma conhecida igreja evangélica pentecostal brasileira (centenária, inclusive). Papo vai, papo vem, ela se apresentou como Maria, missionária. Ela nos disse que éramos um casal lindo e unido por Deus (algo muito bom de ouvir). Entretanto, em dado momento, ela pediu oração, pois estava querendo arranjar um marido, dizendo que agora era viúva. Fato é que, o marido dela a havia abandonado antes dela se converter (há uns vinte anos atrás), e ela se divorciou. Na carteirinha de membro da igreja pertencente a ela vinha constando o estado civil dela como divorciada. Coisa estranha esta de se constar. E ela disse que seria difícil arrumar um marido constando “divorciada” na carteirinha dela. Acho estranho algo deste tipo ter que constar em uma carteirinha. Não bastaria a palavra dela. Tinha que carregar este fardo a vida toda. Mas o interessante ela dizer que seria difícil dela arrumar marido. Nã

Religiões Radicais

Uma pessoa tem a vida um tanto quanto desregrada. Sua família, seu casamento, seu emprego, sua vida pessoal, tudo vai mal. Talvez tenha dívidas, ações na justiça, entre outras coisas. As religiões radicais vão ajudar a resolver tal situação. Vão ordenar a vida de tal pessoa, organizar, melhorar. Entretanto, tais religiões radicais passam a tolher a liberdade dos seus fiéis, primeiramente a liberdade de pensamento. E como pensar é o que nos faz humanos, diferentes de todas as outras espécies, tais pessoas têm sua humanidade relegada ao comando de outras pessoas. Há o risco de se tornar parcial ou totalmente escravizada, e intolerante para com todos aqueles que não sustentam a mesma identidade religiosa que a sua. Essa é a essência do fanatismo. Tudo o que tais pessoas passam a pensar em termos de dogmas, doutrinas, opiniões, tem que estar de acordo com o que pensa a liderança de tais igrejas. E é trabalhado muito o elemento culpa nestas comunidades. "Lembre-se de onde e como você e

Espírito Consolador

Se o Espírito Santo é consolador, também os seus filhos devem ser consoladores.

O bispo cristão

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E stes dias estava a meditar nos requisitos que o apóstolo Paulo indica que são necessários para que alguém se torne bispo, quando escreveu ao seu discípulo Timóteo (I Timóteo 3.1-7). O que eu achei interessante é que são requisitos bem práticos. Na verdade, quase chocam pela sua simplicidade. Entre outras coisas, o bispo deve ser irrepreensível (ou seja, nada na sua vida está a desabonar sua pessoa), é marido de uma só mulher (ou seja, monogâmico, fiel), é temperante (qualidade de quem é moderado nos aspectos intelectuais, espirituais, etc, ou seja, não é um radical), sóbrio (moderado no que tange às bebidas, alimentação, etc), modesto (não faz alarde de suas próprias virtudes e boas obras), hospitaleiro (faz com que os visitantes se sintam bem acolhidos, oferece lugar de repouso e confiança) apto para ensinar (ou seja, também um estudioso; tem que ser um bom professor), não dado ao vinho (tem controle de si, não é um beberrão), não violento (não usa a coação de nenhuma espécie, seja

Requisitos para se tornar um bispo cristão

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E stes dias estava a meditar nos requisitos que o apóstolo Paulo indica que são necessários para que alguém se torne bispo, quando escreveu ao seu discípulo Timóteo (I Timóteo 3.1-7). O que eu achei interessante é que são requisitos bem práticos. Na verdade, quase chocam pela sua simplicidade. Entre outras coisas, o bispo deve ser irrepreensível (ou seja, nada na sua vida está a desabonar sua pessoa), é marido de uma só mulher (ou seja, monogâmico, fiel), é temperante (qualidade de quem é moderado nos aspectos intelectuais, espirituais, etc, ou seja, não é um radical), sóbrio (moderado no que tange às bebidas, alimentação, etc), modesto (não faz alarde de suas próprias virtudes e boas obras), hospitaleiro (faz com que os visitantes se sintam bem acolhidos, oferece lugar de repouso e confiança) apto para ensinar (ou seja, também um estudioso; tem que ser um bom professor), não dado ao vinho (tem controle de si, não é um beberrão), não violento (não usa a coação de nenhu

Livra-nos do mal

E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal ; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Mateus 6.13) O mal que se diz na oração do Pai nosso não é um mal circunstancial, psicologico ou um adjetivo, mas diz respeito à personificação do mal; tanto é que algumas traduções trazem "livra-nos do Maligno". As Escrituras e os autores bíblicos reconhecem a existência de tal ser, a despeito do que possamos acreditar ou não acerca de tal assunto; ainda que possa estar fora de moda. Um ser maligno cujas intenções para com as criaturas de Deus são as piores possíveis. E a qual mal este ser está interessado à levar as pessoas a cometer? Há muitíssimo que se pode dizer sobre tal assunto, portanto, em um momento devocional como este fica difícil o aprofundamento. Daí, vamos por etapas. O pior de todos os males que tal ser quer realizar na vida dos seres humanos é impedir que se achegem ao evangelho: Mas, se ainda o nosso e

E não nos deixe cair em tentação

E não nos deixes cair em tentação ; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém (Mateus 6.13). A tentação não pode ser evitada. Mas o cair em tentação, sim. Vale a pena ler uma passagem de S. Tiago acerca deste assunto: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg 1.13-15). Não temos desculpa por "cair em tentação". Há três coisas no mundo que cooperam para que sejamos tentados. A concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida (I João 2.16). De muitas destas tentações, você não poderá fugir. Elas irão até você. Daí, terás que resistí-las. Outras, você pode cortar pela raiz, não se colocando em situações das quais você sabe que não terá forças para

Antigo e Novo Testamento

T odos aqueles que ressuscitam algumas prescrições do Antigo Testamento para os nossos tempos corre o risco de esvaziar o conteúdo daquilo que faz parte da Nova aliança para nós, cristãos. Os judeus cristãos queriam circuncidar, mas isso enfraquece o conteúdo da graça. Outros, querem guardar o sábado; mas podem esquecer que Jesus é o nosso sábado, o nosso descanso. Outros, ressuscitam todo o tipo de liturgia judaica, e se esquecem que há dois mil anos os cristãos buscam seguir o seu próprio calendário.

Doações e ofertas

H à muitas redes assistenciais e pessoas necessitadas que precisam de recursos. Será que algumas vezes, não é mais saudável e espiritual ajudar a estes que têm necessidade, do que a certos ministérios, cuja vocação parece ser enriquecer os seus líderes e não fazer nada pela causa do próximo? Pois Jesus, ele mesmo, não foi o líder milionário de nenhuma denominação, e ainda nos ensinou que, "aquilo que fizéssemos em favor dos necessitados, a ele é que estaríamos fazendo.

A verdade

S e a verdade for verdade, esta não deveria se impor pela força das armas, das bombas ou dos canhões, pois seria evidente por si mesma; ainda mais quando se trata da verdade religiosa, cujos dogmas não podem ser demonstrados e se tornarem evidentes à luz de todos.

Gueto Cristão

A concepção protestante acerca da vocação secular, a meu ver, precisa ser resgatada, pois há muitos homens pregando, ainda que implicitamente, que só realizam uma obra espiritual aqueles que se dedicam a algum ministério eclesiástico. A vida secular, para estes, é enfadonha, e pode ser feita meio que "de qualquer jeito". Não é a toa que muitos não desejam, de modo algum, negociar com os chamados cristãos evangélicos. Os reformadores disseram com todas as letras que um sapateiro, uma dona de casa, um advogado, quando trabalham de forma digna, cristã, realizam uma obra tão espiritual e relevante quanto àqueles que presidem um culto religioso.

Vocação Secular e Vocação Cristã

O título desta postagem pode ser uma coisa terrível se entendermos vocação secular em oposição a uma outra vocação denominada cristã; ou seja, se acharmos que as coisas que fazemos fora da esfera da vida religiosa seja profano, mundano, pecaminoso ou sem importância em vista de algo que fizermos na igreja. Hà uma tendência geral no meio evangélico de que só se trabalha para Deus se estiver fazendo algo relacionado diretamente à eclésia. Isto é um mal, pois produz pessoas negligentes em seus postos seculares, e um grupo grande de pessoas disputando cargos eclesiásticos para terem sua importância reconhecida. Cuidar da família, procurar a justiça no mundo, exercer bem um ofício são funções tão nobres aquelas exercidas no âmbito dito religioso, ou até mais, visto que Jesus não fazia parte do clero oficial. É preciso despertar a consciência dos cristãos acerca da importância das coisas que realizamos no mundo, pois as tais afetam diretamente tudo o quanto se encontra ao nosso

Assim como nós perdoamos os anos nossos devedores

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.1); Há duas formas de se interpretar esta parte da oração do Pai nosso. A primeira, clássica, é que Deus não nos perdoa se nós não perdoarmos quem nos machucou. A situação é mais ou menos a seguinte: Alguém te fez algo muito ruim. Te traiu, te roubou, fez as piores coisas possíveis. E você fica muito triste, muito magoado, muito machucado, indescritivelmente partido. Ai, obviamente, você terá uma imensa dificuldade em perdoar. Entretanto, alguns bem intencionados, além de toda a indescritível dor que você está sentindo, irão te dizer: perdoa, senão Deus não te perdoa... E aí, somando-se a todo o peso da dor que você já carrega, acrescenta-se ainda a imposição divina para que você exerça também o seu perdão... E o problema desta interpretação, parece-me, é que faz parecer que a salvação é por obras, e não por graça, não por fé... (Efésios 2.8-9) Outra forma qu

Perdoa-nos as nossas dívidas

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.12);  D ívidas dizem respeito aos pecados, ou às ofensas que cometemos contra o Pai e contra o nosso próximo. No início da oração, dissemos ao Pai: "santificado seja o teu nome"; ou seja, seja reconhecido como santo. Segundo as Escrituras, o ser humano passa a ter um melhor conhecimento de quem é quando passa a reconhecer a santidade do seu Criador. A filosofia diz: "conhece-te a ti mesmo..." Mas a Bíblia ensina: "conhece a Deus e conhecerá a ti mesmo..." Assim foram com diversos homens: Moisés, Isaías, Pedro, Paulo, etc... A lista seria interminável. E todos estes, quando reconheceram a santidade do seu criador, tremeram diante de sua própria realidade pessoal, pois se reconheceram como pecadores: "Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios; os meus olhos vir

O pão de hoje

O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Acho que foi Santo Agostinho que disse que o "ontem" não existe. Já foi, já existiu. Nem mesmo o "amanhã" existe, visto que ainda existirá, e sequer sabemos se iremos "estar lá" para vivê-lo. Às vezes medito que o tempo não passa. Somos nós que passamos. Talvez só exista o eterno hoje. E chamamos de tempo esta sucessão de eventos que vislumbramos das coisas que passam diante de nossos olhos. Ou seja, será o tempo somente uma noção humana? Talvez por isso o escritor da epístola aos hebreus tenha dito: "Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado" (Hb 3.13). Muitas pessoas vivem infelizes por conta de coisas que pertenceram ao ontém. Outras, vivem ansiosas por coisas que talvez aconteçam (ou talvez não) somente amanhã. A dificuldade de sermos felizes é porque não conseguimos ficar

O pão nosso de cada dia

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Jesus não nos ensina a orar por muitos pães para muitos dias, mas pelo pão de cada dia. Isso parece ser a medida exata do necessário para as necessidades cotidianas. Há uma história sobre o pão de cada dia contida nas Escrituras, há muito tempo antes de Jesus. Foi quando Deus determinou que o povo de Israel, ao sair do Egito, e estando no deserto, se contentasse com o "maná de cada dia". Entretanto, alguns não obedeceram: Esta é a palavra que o SENHOR tem mandado: Colhei dele cada um conforme ao que pode comer, um omer por cabeça, segundo o número das vossas almas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda. E os filhos de Israel fizeram assim; e colheram, uns mais e outros menos. Porém, medindo-o com o ômer, não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto podia comer. E disse-lhes Moisés: Ninguém deixe dele para amanhã. Eles,

O pão que é nosso

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Já meditamos um pouco sobre a dimensão comunitária do Reino quando pensamos acerca do Pai que é "nosso". Agora, a oração do Pai nosso continua com esta mesma tendência, ao recitar o pão que é "nosso". Jesus me ensina a não pensar somente no pão que é "meu". Somos capazes de passar dias, meses, anos, e ainda assim não darmos nem um pedaço de pão ao necessitado. É possível que muitas vezes, o Pai queira dar o pão que é do outro através de tua vida. "Ao SENHOR empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício" (Prov 19.17). Nas Escrituras, a assistência ao necessitado é tão recorrente que a sua recusa é uma das causas da oração de alguém não ser ouvida: "O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido" (Provérbios 21.13). No relato entre rico e Lázaro, o primeiro foi mandado para um lugar de tor

O pão

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Pão é um alimento básico existente em praticamente todas as culturas, e na judaica, não poderia ser diferente. Algo que, espera-se, seja sempre acessível a todos, pobres ou ricos, de qualquer camada social. Alguns padres antigos interpretaram pão simbólicamente, como se fosse o pão eucarístico, ou um alimento espiritual, e não o pão cotidiano, feito de água, trigo, farinha, sal... Por conta da mentalidade grega, que parecia valorizar mais o metafísico em prejuízo do físico, achavam um pouco indigno que se tratasse do pãozinho normal. Mas para os judeus, pão era pão mesmo, e não tinha nada de errado com isso... (assim como também não é errado que se deseje o alimento espiritual..) E de fato, nada há de errado em desejar a ajuda do Pai em relação ao pão cotidiano... Para o Antigo Testamento, tudo o que Deus criou é bom. Depois de ter criado água, vegetais, animais, toda a natureza, Deus viu que e