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Mostrando postagens de junho, 2010

Exército de Devedores

"Aquele que toma emprestado é servo de quem empresta..." (Provérbio de Salomão) H ouve tempo que se você quisesse comprar algum bem de consumo um pouco mais durável, era ensinado e estimulado a juntar dinheiro pacientemente para que, tendo o montante, pudesse então realizar o seu desejo. Isto demandava alguma educação por parte de seus pais e educadores e fazia com que aprendéssemos a disciplinar os nossos desejos. Era preciso saber dizer não; pelo menos por algum tempo. Mas depois foram popularizados os títulos de crédito, realizando-se a possibilidade de anteciparmos os nossos sonhos, fazendo com que desfrutássemos agora do que queríamos e pagássemos depois... O problema é que isso ocasionou um grande contingente de indesejáveis devedores que davam muita dor de cabeça para o sistema. Todo empreendimento deveria, de certa forma, já contar com uma certa porcentagem de inadimplência. Advogados, empresas de cobrança, etc... Uma dor de cabeça... Ocorre que os mecanismos de segur

Protestantismo e individualismo

"Daí, alguns já terem dito que um protestante tentar combater o individualismo é como tentar sair do chão puxando os próprios cabelos..." S emana passada tive uma aula excelente com um professor de sociologia evangélico que nos falava acerca do individualismo moderno, passando pelo Renascimento até a Revolução Industrial, entre os pareceres de diversos doutos acerca do assunto. O individualismo, em seu sentido mais radical e doentio, todos na sala concordaram, é um mal a ser combatido. Foi quando lhe perguntei (sou um aluno meio chato) o que o protestantismo poderia ter a ver com o individualismo moderno; e, em uma sala lotada de alunos protestantes, o professor disse-me, brincando, que eu o havia colocado em maus lençõis... De qualquer modo, fez umas poucas citações de alguns que entenderam a participação do movimento protestante na formação espiritual da sociedade moderna, mas que não daa para entrar em muitos detalhes naquele momento. Leia todo o texto no Blog do Seino .

Protestantismo e individualismo

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"Daí, alguns já terem dito que um protestante tentar combater o individualismo é como tentar sair do chão puxando os próprios cabelos..." S emana passada tive uma aula excelente com um professor de sociologia evangélico que nos falava acerca do individualismo moderno, passando pelo Renascimento até a Revolução Industrial, entre os pareceres de diversos doutos acerca do assunto. O individualismo, em seu sentido mais radical e doentio, todos na sala concordaram, é um mal a ser combatido. Foi quando lhe perguntei (sou um aluno meio chato) o que o protestantismo poderia ter a ver com o individualismo moderno; e, em uma sala lotada de alunos protestantes, o professor disse-me, brincando, que eu o havia colocado em maus lençõis... De qualquer modo, fez umas poucas citações de alguns que entenderam a participação do movimento protestante na formação espiritual da sociedade moderna, mas que não daa para entrar em muitos detalhes naquele momento. Alguns alunos experientes espantaram

O quanto é licito juntar

Por isso, ressalto e repito o que tenho entendido deste assunto até aqui, ainda que corra o risco de ser prolixo: o problema não é juntar dinheiro para comprar um carro, sair do aluguel, pagar um curso, investir em uma aplicação, etc; o problema é se vivermos unicamente para isto... E stes dias, em uma de minhas aulas por aí, conversávamos sobre algumas passagens polêmicas do Novo Testamento, notadamente o Sermão da Montanha, ou sermão do monte. Conversávamos sobre qual seria a ética econômica ideal para os discípulos de Cristo. Ou seja, como deve um discípulo lidar com a questão do dinheiro. Aí, surgem dúvidas das mais diversas, e um professor que se preze deve considerá-las todas com seriedade. Entre elas é, diante das desconcertantes palavras de Jesus de não juntarmos riquezas nesta terra, como deveríamos nos comportar? Uma mãe, por exemplo, perguntou-me se era então lícito juntar dinheiro para a futura faculdade da filha. O outro perguntou se era lícito ter caderneta de poupança ou

O quanto é lícito juntar

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Por isso, ressalto e repito o que tenho entendido deste assunto até aqui, ainda que corra o risco de ser prolixo: o problema não é juntar dinheiro para comprar um carro, sair do aluguel, pagar um curso, investir em uma aplicação, etc; o problema é se vivermos unicamente para isto... E stes dias, em uma de minhas aulas por aí, conversávamos sobre algumas passagens polêmicas do Novo Testamento, notadamente o Sermão da Montanha, ou sermão do monte. Conversávamos sobre qual seria a ética econômica ideal para os discípulos de Cristo. Ou seja, como deve um discípulo lidar com a questão do dinheiro. Aí, surgem dúvidas das mais diversas, e um professor que se preze deve considerá-las todas com seriedade. Entre elas é, diante das desconcertantes palavras de Jesus de não juntarmos riquezas nesta terra, como deveríamos nos comportar? Uma mãe, por exemplo, perguntou-me se era então lícito juntar dinheiro para a futura faculdade da filha. O outro perguntou se era lícito ter caderneta de poupança ou

A melhor apologia

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"Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom procedimento as suas obras em mansidão e sabedoria" (Tiago 3.13) A melhor apologia (defesa) de nossas vidas para com os nossos críticos não são nossas palavras, mas a nossa própria vida. "Sua vida fala tão alto, que mal consigo ouvir suas palavras", disse alguém. Pelos frutos que se conhece a árvore. Palavras são sementes. Nossa vida é o fruto. Esteja atento para que, como cristão que você é, sua vida corresponda exatamente àquilo que você prega e acredita. O apóstolo ensinou que falavam mal de Israel por causa do comportamento de alguns israelitas. Atualmente, é muito difícil alguém dizer que rejeita completamente a Jesus; muitos o aceitam e o admiram, ainda que seja somente como ser humano, somente como personalidade histórica. Entretanto, a rejeição à igreja e aos cristãos é muitíssimo grande. Por causa do mau comportamento de alguns, todos sofrem, todos acabam tendo que dar satisfações. Entretanto, o apó

As Rivais

As Rivais Por Bispo Ildo Mello O Livro de Gênesis mostra a vida como ela é e não maquia a face de seus personagens. Os próprios patriarcas do povo hebreu são descritos como seres humanos normais sujeitos a muitos erros. Conflitos familiares são expostos com riqueza de detalhes, tais como os que envolveram Caim e Abel, Abraão e Ló, Sara e Hagar, Esaú e Jacó, José e seus irmãos. Veremos a seguir um embate muito interessante que aconteceu entre duas irmãs, Lia e Raquel, que, por uma série de circunstâncias, acabaram se tornando esposas de Jacó e passaram a disputar pelo coração de seu amado. Examinando os capítulos 29 e 30 de Gênesis, vemos o seguinte contraste entre estas duas irmãs o que ajuda a entender os motivos de tanta rivalidade: Lia era mais velha que Raquel (29.16); Lia era feia (29.17) enquanto a Raquel era linda (29.17); De Lia, não ouvimos que ela tivesse ocupação, quanto a Raquel é dito que era pastora (29.9); Lia não recebe a mesma distinção que Raquel, que possuía noto

Um evangelho antropocêntrico

O nosso problema é que estamos vivendo a era de um evangelho antropocêntrico. Isto corre o risco de entrar em todas as igrejas; até nas mais sérias. Deus se torna uma espécie de emissário, de servidor do fiel, lhe dando uma vida boa, uma boa casa, uma boa família, um bom emprego, tudo assim. Quem não quer um Deus assim? Que resolva todos os meus problemas? Se você ouvir as músicas evangélicas contemporâneas, verá que em boa parte delas tem em seu centro a figura do adorador. É tudo para mim, um novo tempo para mim, uma nova vida para mim. Não se foca mais a pessoa de Deus, como nos antigos hinos que diziam "Santo, Santo, Santo", ou que exaltavam a fidelidade de Deus dizendo que "Tu é fiel, Senhor", nem se diz mais "A Deus demos glória". O problema disso tudo é que este evangelho antropocêntrico, não obstante nos dar uma carga de otimismo inicial, não resolve a vida de ninguém, pois não combate o que de pior nos torna infelizes, que somos nós mesmos, o pec

Um evangelho antropocêntrico

O nosso problema é que estamos vivendo a era de um evangelho antropocêntrico. Isto corre o risco de entrar em todas as igrejas; até nas mais sérias. Deus se torna uma espécie de emissário, de servidor do fiel, lhe dando uma vida boa, uma boa casa, uma boa família, um bom emprego, tudo assim. Quem não quer um Deus assim? Que resolva todos os meus problemas? Se você ouvir as músicas evangélicas contemporâneas, verá que em boa parte delas tem em seu centro a figura do adorador. É tudo para mim, um novo tempo para mim, uma nova vida para mim. Não se foca mais a pessoa de Deus, como nos antigos hinos que diziam "Santo, Santo, Santo", ou que exaltavam a fidelidade de Deus dizendo que "Tu é fiel, Senhor", nem se diz mais "A Deus demos glória". O problema disso tudo é que este evangelho antropocêntrico, não obstante nos dar uma carga de otimismo inicial, não resolve a vida de ninguém, pois não combate o que de pior nos torna infelizes, que somos nós mesmos, o pec

Um evangelho antropocêntrico

O nosso problema é que estamos vivendo a era de um evangelho antropocêntrico. Isto corre o risco de entrar em todas as igrejas; até nas mais sérias. Deus se torna uma espécie de emissário, de servidor do fiel, lhe dando uma vida boa, uma boa casa, uma boa família, um bom emprego, tudo assim. Quem não quer um Deus assim? Que resolva todos os meus problemas? Se você ouvir as músicas evangélicas contemporâneas, verá que em boa parte delas tem em seu centro a figura do adorador. É tudo para mim, um novo tempo para mim, uma nova vida para mim. Não se foca mais a pessoa de Deus, como nos antigos hinos que diziam "Santo, Santo, Santo", ou que exaltavam a fidelidade de Deus dizendo que "Tu é fiel, Senhor", nem se diz mais "A Deus demos glória". O problema disso tudo é que este evangelho antropocêntrico, não obstante nos dar uma carga de otimismo inicial, não resolve a vida de ninguém, pois não combate o que de pior nos torna infelizes, que somos nós mesmos, o pec