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Mostrando postagens de janeiro, 2010

A misericórdia de Deus é maior que a nossa ortodoxia

A internet reduziu distâncias e pensamentos de formas não imagináveis até então. Acabamos por ter conhecimento, praticamente em tempo real, do pensamento de pessoas das quais provavelmente, pelo contato pessoal e íntimo provavelmente não teríamos. No campo religioso, isto não é menos verdadeiro. Neste mar sem fim, do qual naveguei um pouco, passei a conhecer o pensamento dos mais variados tipos de evangélicos, bem como de católicos, desde progressistas, até tradicionalistas, e também dos raros, mas militantes cristãos ortodoxos por estas terras... E, nos vários fóruns de discussões que têm por aí, as vezes, me divirto com a guerra religiosa que se trava nesta rede virtual, mas por outras, chateio-me com a carga de intolerãncia e radicalidade que leio. Outro dia, por exemplo, de um fórum católico tradicionalista, vi o debatedor dizendo que é absolutamente impossível que Deus realize um milagre no meio evangélico. Que fazer isso, da parte de Deus, seria contribuir para com a mentira, a

A misericórdia de Deus é maior que nossa ortodoxia.

A internet reduziu distâncias e pensamentos de formas não imagináveis até então. Acabamos por ter conhecimento, praticamente em tempo real, do pensamento de pessoas das quais provavelmente, pelo contato pessoal e íntimo provavelmente não teríamos. No campo religioso, isto não é menos verdadeiro. Neste mar sem fim, do qual naveguei um pouco, passei a conhecer o pensamento dos mais variados tipos de evangélicos, bem como de católicos, desde progressistas, até tradicionalistas, e também dos raros, mas militantes cristãos ortodoxos por estas terras... E, nos vários fóruns de discussões que têm por aí, as vezes, me divirto com a guerra religiosa que se trava nesta rede virtual, mas por outras, chateio-me com a carga de intolerãncia e radicalidade que leio. Outro dia, por exemplo, de um fórum católico tradicionalista, vi o debatedor dizendo que é absolutamente impossível que Deus realize um milagre no meio evangélico. Que fazer isso, da parte de Deus, seria contribuir para com a mentira, a

Moralismo cruel..

T emos que tomar cuidado para não nos tornarmos moralistas cruéis... Este é um dos grandes riscos que a religião pode acabar por criar... Pessoas julgadoras, dos escrupúlos e atos alheios. Vocês já repararam o quanto, muitas vezes, somos tão radicais, convictos contra aquelas coisas que para nós aparentemente não apresentam nenhum risco? Por exemplo, o protestantismo evangélico, que é bastante iconoclasta, costuma criticar, por meio de seus fiéis, com grande veemência os católicos e membros de outras religiões que utilizam imagens. Isto porque, o protestante julga que este é um pecado mais do que vencido pela sua religião, pelo menos no que tange ao uso de imagens... Lembro-me de quando eu era novo convertido, e que já havia vencido o terrível vício do cigarro, e era bastante exigente com aqueles novos convertidos que se achegavam a igreja, exigindo deles a mesma radicalidade para largarem tal vício... Costumamos ser ríspidos contra aqueles atos que parecem não nos apresentar nenhum ri

Nós não temos papa?... ou temos?

U ma das grandes discussões teológicas entre todas as igrejas cristãs é o papel em que o sucessor de Pedro na cadeira de Roma tem para com todas as Igrejas ditas cristãs. Ortodoxos e anglicanos entendem que o sacerdote romano tem a primazia de honra; os protestantes, nem de honra, nem de nada, chegando alguns até a entender que lá está sentando um representante do outro lado... Para os católicos romanos, de fato, ele é o sumo-pontífice, o cabeça da Igreja na terra, dotado de infabilidade quando proclama, sob determinadas condições, questões relativas á fé e à moral. Evangélicos, de modo geral, atacam violentamente a doutrina papal; outros, não estão nem aí... Também já vi muitos cristãos ortodoxos descendo a lenha no dogma da infabilidade papal.. Mas a questão é: não existem mesmo papas evangélicos? A pergunta é pertinente porque, ao que parece, há alguns apóstolos, bispos e missionários evangélicos com mais poder em suas denominações do que pontífice romano na Igreja Católic

Eu continuaria cristão...

O meu amigo ateu, do qual falei anteriormente, me fez uma pergunta interessante. Ele me questionou o que eu faria se houvesse provas contundentes de que Jesus não existiu, ou que o que falam sobre ele é completamente mitológico, ou ainda, se ficasse absolutamente provado que Deus não existe... Bom... Após pensar um pouco, lhe respondi que continuaria sendo cristão... "Mas como?", ele me questionou, como seria cristão numa hipótese como essa? Em relação à possibilidade de ser mito muito do que disseram sobre Jesus, na verdade, muitos já disseram isso, e, ainda assim, dentro do que entendiam ser cristianismo, continuaram cristãos... Nomes como Tolstoi ou Albert Schweizer ilustram um pouco do que quero dizer... Não acreditavam em milagres, em nascimento virginal, estas coisas, mas, dentro do que puderam e entendiam, procuraram viver o que Cristo ensinou... Não ignoro que o cristianismo ortodoxo de todas as matizes dizer que tais homens não eram realmente cristãos.

Meu amigo ateu...

Um amigo meu, ateu, disse que no dia em que houver provas plausíveis acerca da existência de Deus ele irá nele acreditar... Disse até que, por exemplo, se aparecesse, nos céus, bem grande, um ente que dissesse: "Olá, habitantes da terra!!!! Eu sou Deus!!! Deveis crer em mim!!!..." ele passaria a acreditar... Mas aí eu disse: eu é que não iria acreditar! Para se crer em algo deste tipo, nem precisaria ter fé... Inclusive, eu lhe disse que, ele mesmo, se pensasse melhor, acreditaria menos ainda em Deus, pois certamente, creditaria tal aparição a qualquer coisa, um extraterrestre, uma montagem cinematográfica, a qualquer coisa, menos a Deus... Se Deus pudesse ser provado pelos elementos de prova que possuímos, seria uma espécie de laboratório, algo manipulado pelo conhecimento humano, portanto não poderia ser Deus... Enfim, ele concordou comigo, que, de fato, após uma aparição destas, certamente ele se tornaria ainda mais cético... A fé em Deus é uma crença razoável... Entender

Meu amigo ateu...

Um amigo meu, ateu, disse que no dia em que houver provas plausíveis acerca da existência de Deus ele irá nele acreditar... Disse até que, por exemplo, se aparecesse, nos céus, bem grande, um ente que dissesse: "Olá, habitantes da terra!!!! Eu sou Deus!!! Deveis crer em mim!!!..." ele passaria a acreditar... Mas aí eu disse: eu é que não iria acreditar! Para se crer em algo deste tipo, nem precisaria ter fé... Inclusive, eu lhe disse que, ele mesmo, se pensasse melhor, acreditaria menos ainda em Deus, pois certamente, creditaria tal aparição a qualquer coisa, um extraterrestre, uma montagem cinematográfica, a qualquer coisa, menos a Deus... Se Deus pudesse ser provado pelos elementos de prova que possuímos, seria uma espécie de laboratório, algo manipulado pelo conhecimento humano, portanto não poderia ser Deus... Enfim, ele concordou comigo, que, de fato, após uma aparição destas, certamente ele se tornaria ainda mais cético... A fé em Deus é uma crença razoável... Entender

Uma religião que acolhe...

O uvi de um certo teólogo, não lembro-me onde, e gostei... Não lembro mesmo; quando lembrar, posto a fonte... Há basicamente três formas dominantes de se pensar em Deus... Uma das formas, talvez mais indiana, diz que Deus está em tudo, se confunde com tudo... Não há um para além em que a divindade esteja, mas com tudo ela se identifica... E há uma outra forma, judaica-islâmica, em que Deus não se confunde com nada criado, pois está absolutamente para além de tudo... é absolutamente transcendente... tanto é que não se pode representá-lo com nenhum tipo de símbolo e imagens... E há uma forma de se pensar em Deus em que as duas visões são relativamente acolhidas... C. S. Lewis ensinou certa vez que, quando olhamos para uma casa, ou uma obra de arte, podemos conhecer um pouco, ou muito sobre o seu construtor, sobre o seu autor... Mas não podemos conhecer totalmente o autor, pois ele não se confunde com a obra... Apenas expressa, de modo maravilhoso, o coração do artista... Entretanto, para

Deus não é patrão...

A maior parte de nós, algum dia, já preencheu uma ficha de emprego. E, também a maior parte de nós, creio, já trabalhou algum dia... Se o patrão te contratou, obviamente, algo ele gostou em você... E, a medida que você produz e dá lucro para a empresa, o patrão vai gostando ainda mais de ti, e te recompensando por isso... Será que as vezes não transmitimos esta mesma percepção para Deus? Será que também as vezes não acabamos achando que vamos ser mais amados por Deus a medida que vamos produzindo? Antigamente, se dizia que projetávamos em Deus a relação com o nosso pai terreno, afinal, ele era o pater, o patriarca, o dono do patrimônio, e porque não, o patrão?... Hoje, a presença do nosso pai é fraca, na maior parte das vezes, daí, ao que parece, muitos projetam a figura do patrão no Pai... Daí, por isso, tanto ativismo nas igrejas evangélicas, relatórios, prestação de conta, necessidade de angariar novos clientes, contribuintes, levantar lucro... E isto é uma loucura... Obviamente, n
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Denominacionalismo...

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Estes dias vi um pastor efusivamente, ao evangelizar, na rua, dizendo que denominação não é importante, que denominação nenhuma salva; que o que salva é Jesus... Então, alguém da multidão perguntou... "Denominação não salva? Não é importante?.." "Não, não é, meu filho..." Após um certo silêncio, o ouvinte concluiu... "Bom... vocês evangélicos perdem então muito tempo com o que não salva e com o que não é importante, pois o que mais vejo, são denominações, das mais esquisitas, serem abertas todos os dias... http://blogdoseino.blogspot.com/ Fonte da foto: Ministério Batista Beréia .

Denominações...

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Estes dias vi um pastor efusivamente, ao evangelizar, na rua, dizendo que denominação não é importante, que denominação nenhuma salva; que o que salva é Jesus... Então, alguém da multidão perguntou... "Denominação não salva? Não é importante?.." "Não, não é, meu filho..." Após um certo silêncio, o ouvinte concluiu... "Bom... vocês evangélicos perdem então muito tempo com o que não salva e com o que não é importante, pois o que mais vejo, são denominações, das mais esquisitas, serem abertas todos os dias"... Fonte da foto: Ministério Batista Beréia .

Compreensividade

Assumir nossa própria responsabilidade em processos e acontecimentos desestabilizadores nos ajuda a sermos sábios e compreensivos, e, a partir daí, perdoadores, ainda que tal expediente não sirva, de modo algum, como catalisador para justificar àqueles que também tiveram seu grau de responsabilidade. A partir daí, a compreensão nos remete à constatação que somos iguais em nulidade e incapacidade auto-salvífica, nos remetendo à mesmíssima condição existencial de necessitados e carentes de graça e misericórdia. Ou seja, sou tão carente de graça e misericórdia quanto aquele que me machucou, e também, em algum sentido (desde que não vitimado por uma atitude covarde) sou responsável pelo grau de falência que nos desuniu. Esta constatação me impede de ser juiz de meu próximo, não importa o quanto este tenha me machucado, convidando-me ao silêncio e a não retaliação. Reconhecer a minha própria fraqueza me torna co-participante dos processos de dor e crescimento de meu próprio irmão, desfazend

Uma certa ascética é preciso..

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Quando se fala em ascetismo, logo pensamos em padres ou andarilhos malucos que vão andar por aí sozinhos, sujos, afastados de tudo e de todos... Nâo duvido que haja altos níveis de espiritualidades e de contemplação que envolvam tal procedimento; quem sou eu para criticar... (ainda mais se levarmos em consideração a sociedade em que vivemos...) Ocorre que, com certeza, assim como tomamos banho para tirar a sujeira, e evitamos que ela nos cubra, na medida do possível, também na alma devemos "tirar a sujeira", ou evitar que ela nos cubra. Não é a toa que o simbolo muitas vezes utilizado para a a Palavra é de uma água límpida e purificadora. Daí, a necessidade de uma certa ascética intramundana. Quem é que fica com a alma totalmente saudável consumindo toda a sujeira destas emporcalhadas novelas e distrações, programas que exaltam o hedonismo, o culto de si próprio, a competição, a violência? A absoluta dependência destas distrações, penso, provam a pobreza de nossa vida interio

Educação resolve tudo?...

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Estou tendo o privilégio de almoçar com pessoas mui ilustres, ultimamente. E hoje, almocei com um bacharel em Direito, e, por incrível que pareça, também falamos sobre política! Não é legal? Bachareis em Direito também pensam, falam em política, filosofam, além de ficarem estudando para concurso público... Este meu amigo disse que, se pudesse, na política, daria prioridade a dois assuntos principais: saúde e educação. Sobre saúde, é verdade. Quem é que consegue fazer alguma coisa sem saúde, não é mesmo? Melhor ter saúde do que ser milionário, pois, no final das contas, tudo o que temos somos nós mesmos, e olha lá... Mas sobre educação... Será que ela por si só realiza e constitui uma sociedade melhor, mais civilizada? Lembrei-me, na hora, do caso alemão. Dizem que a Alemanha nazista tinha mais número de doutores por metro quadrado do que qualquer outro país. O próprio Heidegger, o famoso filósofo existencialista, apoiou o nazismo, e não pequeno número de intelectuais, bem como grande p

Reconciliação

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Todo mundo, provavelmente, já brigou com alguém algum dia... E, todo mundo, penso, já se reconciliou com alguém algum dia também... Quando me reconcilio com alguém, com algum irmão, faço festa. Abraço, me emociono. Chamo pra comer e beber alguma coisa. Vamos comemorar. Nunca vi alguém fazer documento pra dizer que se reconciliou. Fazer acordo por escrito. Dá a impressão de que tem que ficar se resguardando... No Direito, a gente faz documento, contrato para se resguardar... Porque a palavra já não vale muito... "verba volant, scripta manent"... Vejos as igrejas escrevendo documentos e mais documentos... Cremos assim, assim e assim... Mas nunca se sentam para realmente farrear, comemorar... celebrar... Ficam se resguardando... Pois esperam sempre uma punhalada pelas costas.... Quem ama, ama, e ponto... A partir daí, só escreve poesia. E brinca... Igrejas não são famílas?... http://blogdoseino.blogspot.com/

Não há espinhos sem rosas

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É doloroso pensar que a vida de tantos homens não é vivida! Não vivem porque não veem. E não veem porque olham o mundo, as coisas os familiares, os homens, com seu próprios olhos. Para ver bastaria seguir cada acontecimento, cada coisa, cada homem com os olhos de Deus. Vê quem se insere em Deus, quem sabendo ser Ele "Amor", crê nesse amor e raciocina como os santos: "Tudo o que Deus quer e permite é para minha santificação". Continue lendo no "Nos Passos de Jesus"...

Graças a Deus, Senhor...

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Lembrei-me estes dias, de uma divertida história sobre uma certa professora de Escola Dominical. Ela estava ensinando para seus alunos o texto de Lucas 18.9-14; aquela em que Jesus compara o fariseu com o publicano. O fariseu orava "graças a Deus, Senhor, que não sou como os demais homens"... "e o publicano não ousava levantar os olhos aos céus". A professorinha ensinou aos seus aluninhos que não deveriam ser arrogantes, nem confiarem em si mesmos, pois tudo dependia sempre da bondade de Deus. Continue lendo no Blog do Seino .

Uniatas anglicanos - oportunistas?

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Perguntaram-me o que eu achei dos bispos anglicanos ligados à Cantuária que se sentiram atraídos pelas medidas do Vaticano em facilitar a entrada de clérigos da Igreja da Inglaterra ao catolicismo romano. Bom. Não tenho muito a dizer. A Igreja Anglicana é uma das mais "vanguardistas" que conheço. Mas a impressão que eu tenho é que, se as dioceses destes bispos descontentes estivessem do jeito que eles quisessem (leia-se: tradicionalistas) eles não iriam querer se mudar, mui provavelmente. Ou seja, eles querem sair porque estão mui descontentes. Logo, eu entendo que, quando alguém se converte, deve fazer por convicção, independente do estado em que se encontre sua igreja. E no caso do catolicismo romano, muito mais do que o descontentamento com sua religião, é a convicção que deveria ser o principal motivo, e, no caso, seria ratificar praticamente cinco séculos de proclamações doutrinais que nenhuma outra igreja, mesmos as Ortodoxas, corroborou.

Uniatas anglicanos... oportunistas?

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Perguntaram-me o que eu achei dos bispos anglicanos ligados à Cantuária que se sentiram atraídos pelas medidas do Vaticano em facilitar a entrada de clérigos da Igreja da Inglaterra ao catolicismo romano. Bom. Não tenho muito a dizer. A Igreja Anglicana é uma das mais "vanguardistas" que conheço. Mas a impressão que eu tenho é que, se as dioceses destes bispos descontentes estivessem do jeito que eles quisessem (leia-se: tradicionalistas) eles não iriam querer se mudar, mui provavelmente. Ou seja, eles querem sair porque estão mui descontentes. Logo, eu entendo que, quando alguém se converte, deve fazer por convicção, independente do estado em que se encontre sua igreja. E no caso do catolicismo romano, muito mais do que o descontentamento com sua religião, é a convicção que deveria ser o principal motivo, e, no caso, seria ratificar praticamente cinco séculos de proclamações doutrinais que nenhuma outra igreja, mesmos as Ortodoxas, corroborou.

Permaneço um cristão trinitário

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Diferente dos apologistas de séculos passados, não demonizo totalmente os que, por um motivo ou outro, não compreendem, não querem compreender, desistiram de compreender o ministério Trinitário. Até mesmo leio com grande admiração muito do que escrevem homens como Rubem Alves, Marcus Borg, Dominic Crossan, Bultmann, Tillich, e até mesmo o irreverente bispo Spong, entre tantos outros, que, salvo melhor juízo (Deus me perdõe se eu estiver sendo injusto) abandonaram a fé ortodoxa neste sentido. Entretanto que eu vejo uma grande beleza, uma beleza imensurável e maravilhosa no mistério da Trindade. Eu não consigo ver doutrina tão bela quanto a idéia de que, Pai, Filho e Espirito, formam, em si uma perfeita pluralidade e unidade que servem de modelo, de paradigma tão belo à Igreja, à comunidade cristã reunida no mundo. Leia todo texto no Blog do Seino .

Permaneço um cristão Trinitário

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Diferente dos apologistas de séculos passados, não demonizo totalmente os que, por um motivo ou outro, não compreendem, não querem compreender, desistiram de compreender o ministério Trinitário. Até mesmo leio com grande admiração muito do que escrevem homens como Rubem Alves, Marcus Borg, Dominic Crossan, Bultmann, Tillich, e até mesmo o irreverente bispo Spong, entre tantos outros, que, salvo melhor juízo (Deus me perdõe se eu estiver sendo injusto) abandonaram a fé ortodoxa neste sentido. Entretanto que eu vejo uma grande beleza, uma beleza imensurável e maravilhosa no mistério da Trindade. Eu não consigo ver doutrina tão bela quanto a idéia de que, Pai, Filho e Espirito, formam, em si uma perfeita pluralidade e unidade que servem de modelo, de paradigma tão belo à Igreja, à comunidade cristã reunida no mundo. Como disse C. S. Lewis, é pouco provável que alguém tenha inventado isso, que não tena sido revelado. Não consigo ver algo tão maravilhoso, assombroso e grande quanto a idéia

Um santo contemporâneo

Eu "falei" sobre santos algumas postagens atrás. Vou "falar" de alguém que, em minha opinião, com base no que conheço de tal pessoa, posso considerar talvez um dos mais admiráveis santos de nosso tempo. Este alguém foi o irmão Roger de Taizé. Ele fundou uma das mais abençoadas comunidades monásticas contemporâneas, a comunidade de Taizé, fazendo renascer, tal tendência, no protestantismo. Ele era amigo pessoal de João Paulo II e de Madre Tereza. Desta, recebeu pessoalmente uma criança para cuidar, e se tornou seu padrinho. A comunidade de Taizé, em seu início, abrigava refugiados da guerra e judeus perseguidos. Continue lendo no Blog do Seino .

Como posso ser arrogante e pretensioso?

C omo posso ser arrogante e pretensioso? Como posso ser arrogante e pretensioso se, aquelas coisas que creio, fazem parte de minha esperança? E esperança que se vê, não é esperança. Por isso, tenho esperança, ainda que não veja. E as principais crenças que sustento são sustentadas pela minha esperança, não por aquilo que vejo. Ainda que eu veja o crescer do mal, creio em um Pai bondoso. Ainda que eu veja o egoísmo, creio em um Cristo de doação. Ainda que eu veja o individualismo creio em um Espirito de consolação. Mas, de fato, o que sustento, não posso provar. Posso sentir... Mas aí muitos dizem que minha espiritualidade é subjetiva... E é mesmo... Pois creio em religião como encontro... A objetividade estará em nossos atos de amor. Mas justamente por não poder provar, posso somente expor os motivos e os porquês de minha esperança, que, para mim e uma grande nuvem de testemunhas, são razoáveis. A esperança move o mundo e os nossos corações. Se vivêssemos do puro cálculo, que sentido t

Um santo contemporâneo

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Eu falei sobre santos algumas postagens atrás. Vou falar de alguém que, em minha opinião, com base no que conheço de tal pessoa, posso considerar talvez um dos mais admiráveis santos de nosso tempo. Este alguém foi o irmão Roger de Taizé. Ele fundou uma das mais abençoadas comunidades monásticas contemporâneas, a comunidade de Taizé, fazendo renascer, tal tendência, no protestantismo. Ele era amigo pessoal de João Paulo II e de Madre Tereza. Desta, recebeu pessoalmente uma criança para cuidar, e se tornou seu padrinho. A comunidade de Taizé, em seu início, abrigava refugiados da guerra e judeus perseguidos. Atualmente, jovens da Europa e do mundo inteiro vão a Taizé busca um sentido para suas vidas, buscando uma autêntica espiritualidade. Entretanto, em 2005, ocorreu uma daquelas coisas que por mais que tentemos, não conseguimos explicar. Durante o ofício, uma mulher, sentada perto de Roger (em Taizé, os monges ficam no centro da platéia), foi para cima dele, e, com uma faca, lhe corto

“Deus vai morar junto deles. Eles serão o seu povo.”

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A Palavra de Deus deste mês nos interpela. Se quisermos fazer parte do seu povo, devemos deixar Deus viver entre nós. Mas de que forma isso será possível e como fazer para desfrutar um pouco, antecipando já nesta Terra, daquela alegria sem fim, procedente da visão que teremos de Deus? Foi justamente isso que Jesus revelou; é precisamente este o sentido da sua vinda: comunicar-nos a sua vida de amor com o Pai, para que também nós a vivamos. Continue lendo

Ir para a Igreja com a Bíblia na mão

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É quase que cultural isso no meio evangélico. Ir para a igreja com Bíblia na mão. É uma forma de dizer para a sociedade: "olha, eu sou crente mesmo, e não tenho vergonha"!!! (...) Estes dias, fui no culto em uma igreja em que o pastor leu um trechinho pequeno das Escrituras. Um pouco mais que um versículo, talvez. E depois, descambou a falar por mais de uma hora sobre diversos assuntos, mas pouco sobre a Bíblia. Leia todo o texto no Blog do Seino .

Santos Milagreiros

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Alguém para ser canonizado como santo na Igreja Católica precisa ter feito um miilagre que tenha sido notadamente comprovado, passando inclusive pelo crivo de uma equipe científica do Vaticano. Em que pese o elogioso rigor com o qual eles lidam com tal assunto (o que contraria, e muito, a atitude de muitos pentecostais, que qualquer alívio de dor nas pernas, já vão chamando de milagre) fico me perguntando se este modo de proceder é realmente o mais adequado de se avaliar a santidade de alguém. Leia todo o texto no Blog do Seino .

Avatar e o panteísmo

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Um amigo meu evangélico disse que considerou o Avatar meio demoníaco, porque passa a idéia de ser meio panteísta. Isto porque, o povo daquele planeta possui uma ligação, por assim dizer, mística, muito forte com a floresta. Eu, conforme já disse, achei muito bonito o filme, de uma expressão artística muito bela. Realmente, a idéia do filme é a de que cada ser vivo de algum modo esta conectado; e não obstante eles, o povo, creditarem tal coisa à espiritualidade, o que é compreensível, pois se trata de uma sociedade primitiva, há algo de ecológica e psicologicamente verdadeiro nesta noção de que estamos todos, de algum modo ligados. O próprio filme demonstra os cientistas investigando neste sentido, mas sem chegarem a conclusões definitivas. De qualquer modo, verificamos que estes grupos que consideraram a natureza, de algum modo, sagrada, conseguiram, e conseguem conviver com ela por milhares de anos, sem esgotá-la. Enquanto o povo proveniente de uma cultura branca, cristã e européia co

Ir para a Igreja com a Bíblia na mão

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É quase que cultural isso no meio evangélico. Ir para a igreja com Bíblia na mão. É uma forma de dizer para a sociedade: "olha, eu sou crente mesmo, e não tenho vergonha"!!! (...) Estes dias, fui no culto em uma igreja em que o pastor leu um trechinho pequeno das Escrituras. Um pouco mais que um versículo, talvez. E depois, descambou a falar por mais de uma hora sobre diversos assuntos, mas pouco sobre a Bíblia. E aquela multidão de pessoas com suas Bíblias no colo... Talvez fosse melhor ter poupado o trabalho do povo em ficar carregando tão pesado livro (dependendo do tamanho da Bíblia). Ainda mais algumas famílias com crianças de colo. Aliás, com exceçáo daquelas igrejas que ainda têm Escola Bíblia Dominical, parece-me que as Escrituras têm sido bem pouco lidas em algumas igrejas. Se alguém reservar a sua leitura Bíblica a somente o quanto ela é lida na Igreja, conhecerá bem pouco do livro sagrado. Em um livro sobre Teologia da Pregação, Karl Barth expõe de forma brilhante

Santos milagreiros

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Alguém para ser canonizado como santo na Igreja Católica precisa ter feito um miilagre que tenha sido notadamente comprovado, passando inclusive pelo crivo de uma equipe científica do Vaticano. Em que pese o elogioso rigor com o qual eles lidam com tal assunto (o que contraria, e muito, a atitude de muitos pentecostais, que qualquer alívio de dor nas pernas, já vão chamando de milagre) fico me perguntando se este modo de proceder é realmente o mais adequado de se avaliar a santidade de alguém. Isto porque, além de um certo subjetivismo, em minha opinião, que envolve o testemunho dos que foram agraciados (mas isso, os cientistas resolvem), há outra questão que para mim é de suma importância. A questão a que me refiro está no fato de, no meu humilde entender, em nenhum momento nas Escrituras vejo alguém ser considerado santo ou digno do Reino pelo fato de ter realizado muitos sinais, milagres e prodígios. Na verdade, qualquer leitor médio do evangelho sabe que, ao que tudo indica, há mui

Onde está a sua sorte?

Após um culto em família na casa de minha mãe, fomos a praia de Santos admirar o show de fogos que saudava o início de 2010. Uma oportunidade também para contemplar a prodigiosa complexidade étnica, cultural e religiosa do povo brasileiro. Ninguém pode negar que se trata de um povo de fé. Bem, já se podia observar isto horas mais cedo nas imensas filas que se formavam junto às casas lotéricas para a fézinha na Mega Sena acumulada de final de ano. É, isto é um sinal de fé, pois as chances são tão ínfimas que realmente é preciso ter fé para arriscar uma aposta. Junto ao mar, vislumbrando o lindo espetáculo pirotécnico, estavam pessoas apegadas aos seus amuletos de protecão e sorte. Uma multidão vestida de branco levava oferendas a seus deuses e procurava pular setes ondas no mar para entrar o ano com o pé direito. Alguns, mais "bíblicos", mas não menos supersticiosos, deixam a Biblia aberta no Salmo 91 vinte quatro horas por dia e 365 dias por ano. Assim, de um lado temos a

Theotokos ou Christotokos?

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Há uma grande discussão se o título que se deve atribuir à Virgem Maria é "Theotokos" (Mãe de Deus) ou "Christotokos" (mãe de Cristo). Boa parte dos evangélicos contemporâneos dizem que o título correto deveria ser o segundo, pois Maria é somente mãe de Cristo, e não de toda a Trindade. E, os católicos, já definidos pelo Concílio de Éfeso (431) e pela Tradição a definem como mãe de Deus, pois Jesus é Deus. Continue lendo este texto no Blog do Seino .

Theotokos ou Christotokos?

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Há uma grande discussão se o título que se deve atribuir à Virgem Maria é "Theotokos" (Mãe de Deus) ou "Christotokos" (mãe de Cristo). Boa parte dos evangélicos contemporâneos dizem que o título correto deveria ser o segundo, pois Maria é somente mãe de Cristo, e não de toda a Trindade. E, os católicos, já definidos pelo Concílio de Éfeso (431) e pela Tradição a definem como mãe de Deus, pois Jesus é Deus. O que o protestante precisa saber é que, quando um católico diz que Maria é Theotokos, ele não quer dizer que Maria é mãe do Pai, ou do Espírito, e nem do Filho enquanto gerado eternamente no próprio Pai, mas justamente que Ela é mãe de Cristo, do Messias, enquanto Logos encarnado. Mas como o Cristo é Deus, Maria é mãe de Deus. Este dogma, proclamado em 431, foi para enfatizar a concepção acerca da pessoa de Cristo (não sendo ele duas pessoas, mas somente uma), sendo portanto, um dogma Cristológico, muito mais que Mariológico. Foi para combater o pensamento nestor